sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

"Ardi", a descoberta mais importante de 2009 (revista Science)

Tem gente que ainda acredita em Adão e Eva.

"Ardi", o esqueleto de hominídeo fêmea mais antigo já encontrado até hoje, com 4,4 milhões de anos, foi a descoberta científica mais importante de 2009, segundo definição dada pela revista "Science" na quinta-feira (17).

Os especialistas em evolução humana estão constantemente à procura do ancestral comum entre o homo sapiens e o chimpanzé, a espécie mais parecida com humanos hoje existente. O fóssil lidera a lista dos dez maiores avanços científicos do ano, que também inclui a descoberta de água na Lua e o uso de folhas de átomos de carbono ultrafinas em aparelhos eletrônicos experimentais.

"Ardi nos encheu de surpresas, pois apesar de ser um mosaico, apresenta características mais parecidas com às dos humanos do que com às dos chimpanzés", disse C. Owen Lovejoy, professor de antropologia da Kent State University e um dos autores do estudo. Segundo o professor, isto é uma prova de que os chimpanzés evoluíram tanto quanto os humanos nos últimos 6 milhões de anos. "A mão humana de hoje é mais primitiva que a do chimpanzé atual", afirma Lovejoy.


Estudo sobre o  Ardipithecus ramidus  ajuda a esclarecer o elo entre o homem e o chimpanzé Foto: Reuters
Crânio e mandíbula do Ardipithecus ramidus, descrito como o mais antigo esqueleto de ancestral humano

O esqueleto de Ardi, que inclui crânio com dentes, braços, mãos, pélvis, pernas e pés, mostra que ela era uma fêmea grande, medindo cerca de 1,20 m e pesando aproximadamente 50 kg. Apesar do corpo e do cérebro de Ardi serem semelhantes em tamanho com os de um chimpanzé, ela caminhava ereta e não se balançava entre árvores como os macacos de hoje. Embora fosse bípede, ela podia subir em árvores de modo mais eficiente que os humanos atuais. No entanto, Ardi não era capaz de fazer longas caminhadas.

O primeiro fóssil do Aripithecus ramidus foi descoberto em 1992, perto do vilarejo de Aramis, na Etiópia. Desde então, já foram encontrados 110 fósseis desta espécie, representando 36 indivíduos. Mas Ardi é formada por partes de um esqueleto de um só indivíduo. Os pesquisadores demoraram 17 anos para finalmente divulgarem suas descobertas na edição de outubro da revista Science.

Fontes: http://noticias.terra.com.br, http://noticias.bol.uol.com.br,http://www1.folha.uol.com.br

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